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sábado, 2 de janeiro de 2010

Por terras da Beira (2)

Agora que entrámos no Novo Ano, em 2010 vou continuar a partilhar com os meus estimados leitores e visitantes as lindas paisagens do meu País, pelas terras onde passei
No ano anterior tinhamos ficado pela linda Vila de S Vicente da Beira, na encosta sul da Serra da Gardunha.
Hoje vou mostrar um pouco das vistas que a Gardunha nos oferece duma grande extensão da Cova da Beira e vamos posteriormente estacionar no Fundão uma linda cidade situada mesmo no coração da nossa Beira Baixa entre a s duas maiores serras Portuguesas, Gardunha e Estrela

Na Idade do Ferro, desde o ano 1000 a.C. até à sua destruição pelos Romanos, houve no topo do Monte de São Brás um Castro lusitano. Este foi substituido por uma villa ou núcleo de edifícios agriculturais no tempo do Império Romano (por baixo da Rua dos Quintãs). Julga-se que a villa foi substituida por uma mansão senhorial fortificada na Alta Idade Média.

O topónimo do local Fundão foi pela primeira vez referido em documento de 1307, e depois 1314 e 1320 referindo 32 casas. Nessa altura ficava aquém em população e influência, a várias aldeias que hoje fazem parte do seu concelho, como a do Souto da Casa.

A história do Fundão enquanto centro urbano preeminente é condicionada desde o inicio pelos Cristãos-Novos, assim como a dos concelhos vizinhos de Belmonte e da Covilhã. Após a expulsão dos judeus espanhóis (sefarditas) em 1492 pelos Reis Católicos Fernando e Isabela, grande numero de refugiados veio a estabelecer-se na Cova da Beira, onde já havia minorias judaicas significativas. Foram estes imigrantes, fundando bairros dos quais o mais importante situava-se em volta da Rua da Cale (Rua do Encontro ou da Sinagoga em Hebraico, que permitiram ao local Fundão assumir as dimensões de uma verdadeira cidade. O influxo de mercadores e artesãos judeus transfomaria a cidade num centro importante para o comércio e a industria. Com o estabelecimento da Inquisição, começaram as perseguições aos judeus e cristão-novos, tendo sido numerosas as expropriações, as torturas e as execuções. Ainda hoje são frequentes os nomes dos cristão-novos nos habitantes da região. A cidade perdeu assim nessa altura grande parte do seu dinamismo económico.

Em 1580 os notáveis da cidade deram o seu apoio ao Prior do Crato D. António, contra as pretensões do Rei de Espanha D. Filipe II (Filipe I de Portugal). Nesse ano elevaram unilateralmente eles próprios o Fundão ao estatuto de Vila. O concelho foi fundado em 1747 por ordem de D.Maria I, emancipando-o da Covilhã.

No periodo do Iluminismo do fim do Século XVIII, o então Primeiro Ministro do reino, o Marquês de Pombal, após equiparar legalmente os cristão-novos aos cristão-velhos, procurou restaurar a preeminência económica da cidade fundando a Real Fábrica de Laníficios, onde hoje está situada a Câmara Municipal. Nessa altura voltaram a ser exportados em quantidade os tecidos de lã do Fundão. A cidade foi saqueada durante as Invasões Francesas, e voltou a sofrer durante a Guerra Civil entre os Liberais pró-D. Pedro II e os Conservadores pró-D. Miguel.

O Fundão foi elevado a Cidade em 19 de Abril de 1988




Podemos ver um dos muitos pomares de cerejeiras dispersos por toda a encosta norte da Serra da Gardunha.
algumas vistas da grande extensão que separa a gardunha da estrela, uma região riquissima pelos seus frutos sendo a cereja a que mais extensão de terra ocupa e que é exportada para todo o País e muitos paises estrangeiros
O Fundão está localizada no sopé da Serra da Gardunha, no planalto da Cova da Beira, a uma altitude de cerca de 500 metros. É sede de um município com 700,13 km² de área e 30 867 habitantes (2008[1]), subdividido em 31 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios da Covilhã, Belmonte e Sabugal, a leste por Penamacor e Idanha-a-Nova, a sul por Castelo Branco, a sudoeste por Oleiros e a oeste por Pampilhosa da Serra.

Na saida para a Covilhã ao longo da EN 18 com uma saida da autoestrada A23desenvolveram-se várias industrias e comercios de interesse até a nivel nacional como a transformação de madeira, granitos, vidro e piscinas. Nesta zona existem vários hotéis, restaurantes e piscinas com interesse turístico
A pricipal artéria do Fundão a Avenida da Liberdade
O Castelo á entrada da Cidade, a Igreja Matriz e ainda a capela do Calvario vendo se tambem na mesma foto a conhecidissima e antiquissima Estalagem da Neve

9 comentários:

  1. Gostei do passeio e está bem ilustrado e documentado.
    Vou guardar o roteiro para o verão.
    Cordiais saudações

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  2. Linda e produtiva esta região do nosso país.
    Obrigada Luís, pela partilha.
    Beijinhos

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  3. Luís, hoje mesmo estive nesta linda cidade Que é o Fundão.que é o nosso concelho, pois entrei pela parte norte da a 23, chovia torrencial, água que Deus dava a potes como se diz na nossa aldeia.

    Linda Cidade...

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  4. Luís essa foto entre a estalagem e o parque das tílias,neste momento está cortado ao trânsito mesmo junto a capela e creio ser...Sei que há obras e somos obrigados a passar pelo bairro Esperito Santo.E essa rotunda está a ficar com um piso lastimável...

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  5. Meu caro amigo Joaquim Angelo
    tem razão , eu proprio já passei com as obras mas as fotos que tenho em arquivo não são de agora
    um abraço

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  6. Que interessante...ontem o nosso primeiro passeio de 2010 foi até Cova de Beira! Tudo por ali, é bonito...mas não fomos ao Fundão mas iremos porque até é a terra de um meu familiar e, pelas fotos do nosso "cicerone" parece-me muito bonito..
    Que continue esta viajem em 2010, tão agradável e apetecível...
    Um beijo
    Graça

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  7. Ola Luis! Boa noite! Entao que conta o amigo?
    Abracos

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  8. <ola meu caro Francisco boa tarde
    Por enquanto ainda não posso contar muita coisa
    estoua inda a ver onde param as modas
    mas com o tempo vamos lá
    eheheehhe
    abraço amigo

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  9. Luis, como é gostoso pegar uma "carona" e viajar com você por todos estes lugares lindos e ainda por cima receber uma aula de história. parabéns! O que fazes é dignificar tua terra e torná-la conhecida e amada até por estrangeiros como eu. Aprendi a gostar de portugal através dos muitos amigos blogueiros.
    Se deus me permitir ainda este ano irei conhecer pessoalmente alguns amigos dali e conhecer esta terra que tem tanto a ver conosco, brasileiros.
    Abraço
    angel

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