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domingo, 10 de janeiro de 2010

Por terras da Beira(4)


Continuando esta digressão por terras da Beira ond e hoje por sinal deve ter caído um dos maiores nevões das ultimas décadas, seguimos de Penamacor directamente para o grande concelho de Idanha a Nova.
Aqui vou me socorrer dum Blog que estou a seguir Por terras do Rei Wamba da autoria do grande amigo Joaquim Batista, oriundo de Idanha a Velha.
Partimos então da Hipótese de estarmos em terras da Idanha passeando nas terras do rei Wamba.
de Penamacor ,
Concelho que faz fronteira com o da Idanha, e dirijimo nos directamente a Monsanto Aldeia mais portuguesa

Evidentemente que o concelho d e Idanha tem uma vasta região onde se situam as freguesias de Alcafozes, Aldeia de Santa Margarida, Idanha-a-Velha, Ladoeiro, Medelim, Monfortinho, Monsanto, Oledo, Penha Garcia, Proença-a-Velha, Rosmaninhal, Salvaterra do Extremo, São Miguel de Acha, Segura, Toulões e Zebreira


duas imagens com a bela Vila de Monsanto
São Miguel d'Acha
Castelo de Penha Garcia

Castelo de Salvaterra do Extremo

no Ladoeiro encontramos para além de um grande historial, Tambem esta fonte antiga na parte mais baixa desta localidade

Torre da Igreja Matriz de Medelim

Fortaleza de Segura

Uma imagem do Oledo

Proença a Velha com o seu pelourinho

Uma foto da Capela d Nossa Senhora da Piedade na Zebreira

Aspectos Geográficos
O concelho de Idanha-a-Nova, do distrito de Castelo Branco, localiza-se na Região Norte (NUT II) e na Beira Interior Sul (NUT III). Ocupa uma área de 1416,3 km2 e abrange 17 freguesias: Alcafozes, Aldeia de Santa Margarida, Idanha-a-Nova, Idanha-a-Velha, Ladoeiro, Medelim, Monfortinho, Monsanto, Oledo, Penha Garcia, Proença-a-Velha, Rosmaninhal, Salvaterra do Extremo, São Miguel de Acha, Segura, Toulões e Zebreira.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Penamacor, a noroeste pelo Fundão, a sul e a este por Espanha e a oeste por Castelo Branco.
O concelho apresentava, em 2005, um total de 11 085 habitantes.
O natural ou habitante de Idanha-a-Nova denomina-se idanhense.
Possui um clima mediterrânico, com influências continentais, sendo os Verões bastante quentes, com temperaturas que rondam os 30 ºC, e os Invernos consideravelmente frios, registando-se uma elevada ATA (Amplitude Térmica Anual).
Na rede hidrográfica, destaca-se a passagem do rio Ponsul, no qual se situa a barragem da Idanha, com 54 metros de altura, em funcionamento desde 1948.
O edificado estende-se a partir de meia encosta para a região de campina, onde se destacam alguns montes, como os de João Nunes, Penha Garcia e Senhora de Almortão.


História e Monumentos
Há em todo o concelho numerosos vestígios pré-históricos de ocupação, como menires e antas.
Os Romanos tiveram uma influência importante, nomeadamente nas freguesias de Monsanto, Idanha-a-Velha e Ladoeiro e nas campinas de Idanha-a-Nova, onde existiu uma villa romana, assinalada num mosaico descoberto. Após a queda do Império Romano, dominaram os Suevos e os Visigodos, sendo dessa época a criação da célebre diocese da Egitânia.
Em 1187, foi construído um castelo por Gualdim Pais e em 1510 D. Manuel outorgou-lhe foral.
No património arquitectónico, destaca-se a Egitânia, uma estação arqueológica do ano 534, que foi uma da mais importantes cidades da Lusitânia, subsistindo ainda os troços das calçadas romanas e a ponte românica, construída sobre o rio Ponsul.
Destaca-se ainda o castelo, de 1187, mandado construir por Gualdim Pais, a igreja matriz, do século XVI, que possui três naves, apresenta um pórtico da renascença e uma abóboda artesoada na capela-mor, a Igreja da Misericórdia e a Capela da Senhora do Almortão, construída no local onde terá aparecido uma imagem de uma santa e que é local de romaria, realizada no segundo domingo de Maio.
Existem ainda no concelho várias casas brasonadas.

Tradições, Lendas e Curiosidades
As manifestações populares e culturais no concelho são diversas, sendo de destacar a festa da Senhora da Graça, que ocorre sete dias depois da da Senhora do Almortão; a festa da vila, em Agosto; a festa de S. Domingos, oito dias após a Páscoa; a festa de Nossa Senhora da Piedade, de 7 a 9 de Setembro; e a de Nossa Senhora da Conceição, a 8 de Dezembro.
É de destacar a festa da Senhora da Almortão, realizada 15 dias depois da Páscoa, que é a romaria mais importante das redondezas, existindo uma lenda à volta da imagem de N. Sra. que terá aparecido um dia numa moita de murtas. Quando as pessoas a encontraram recolheram-na e levaram-na para a Igreja de Monsanto, contudo esta desaparecia várias vezes e aparecia sempre no local onde surgira pela primeira vez. Assim, construiu-se uma ermida nesse local para que a imagem nunca mais desaparecesse.
No artesanato, são típicos os adufes, a cestaria em vime, os bilros, as rendas e os bordados.
Como instalações culturais, destaca-se o Centro Cultural de Idanha e a Biblioteca Municipal.

Economia
No concelho de Idanha-a-Nova predomina o sector terciário (cerca de 55,4% do total de empresas sediadas no concelho). Este sector tem uma grande importância na vila e sede do concelho.
Contrariamente à tendência distrital, o sector primário tem ainda uma grande importância na economia de Idanha, sendo a percentagem de empresas sediadas neste sector (22,3%) superior do sector secundário (20,5%).
A área agrícola do concelho abrange 94 134 ha, sendo as principais culturas o olival, a horta familiar, os prados temporários, culturas forrageiras, citrinos, vinha e cereais para grão. Será também de referenciar que a exploração florestal é uma actividade de grande importância para a economia do concelho.
Na pecuária, destaca-se a criação de aves, nomeadamente galinhas poedeiras e reprodutoras, ovinos e equídeos.




Referencia deste artigo:
Idanha-a-Nova. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-01-10]


Santuário de Nossa Senhora de Almortão
A Ermida de Nossa Senhora do Almortão situa-se nos campos de Idanha-a-Nova, tem um estilo simples e harmonioso.
Em 1229 D. Sancho II, no foral dado a Idanha-a-Velha mencionava a Santcam Mariam Almortam, quando demarcava os limites da Egitania. A capela-mór e o altar são revestidos de azulejos do sec. XVIII. O alpendre é formado por três arcos de granito.
Esta capela foi construída porque, como diz a lenda, um dia de madrugada uns pastores atravessavam o campo pelo sítio "Agua Murta" e notaram que havia algo de estranho por traz das murteiras grandes. Aproximaram-se e viram uma linda imagem da Virgem.
Ficaram parados de joelhos a rezar, mas depois resolveram levar a imagem para a Igreja de Monsanto. Mas ela desapareceu e foi encontrada outra vez no mesmo lugar da aparição no murtão. Respeitando a vontade da Senhora, os habitantes da vila construíram a capela.
A romaria da Senhora do Almortão realiza-se todos os anos, 15 dias depois da Páscoa. Após a missa faz-se a tradicional Procissão. Após as cerimónias segue-se o almoço, convívio entre famílias e amigos.
Então o povo canta as várias quadras á Senhora entre elas estas que dizem os historiadores que traduzia o sentimento das pessoas em serem libertadas do domínio dos espanhóis.

3 comentários:

  1. Boa noite! Tudo bem por ca, amigo Luis?
    Passei a desejar-lhe uma boa semana e deixar-lhe um abraco. Adorei as fotos e o seu texto. Parabens!

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  2. As fotos de Monsanto continuam a encantar assim como as restantes. Passámos aí e isso é lindissimo.
    Parabéns pelo trabalho

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  3. Gostei de ver as imagens da digressão sobre terras da Beira e venho aqui para fazer uma pequena correcção. Onde refere o Castelo de Salvaterra do Extremo, deve dizer, Largo da Praça, onde se vê a antiga Casa da Câmara, a Torre do Relógio e um bocadinho do Pelourinho (à direita). A casa, à esquerda, é um antigo forno de pão.

    Bem haja pela divulgação das terras beirãs.
    João Celorico (do blog Salvaterra e eu)

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