Sejam bem vindos ao Encantos da nossa aldeia, blogue para a divulgação das paisagens e habitos do povo das aldeias do nosso Portugal

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Usos e Costumes Tradicionais

Neste período será normal que os Portugueses especialmente pensem no povo da Madeira ajudando e rezando pelos desaparecidos nesta tragédia

As viagens pelo meu País irão continuar depois de assistirmos aqui no Algarve ás tradicionais realizações do Culto Cristão durante o tempo de Quaresma
O Carnaval passou e com ele o inicio de uma quarentena de luto, oração, retiro e reflexão que se iniciou na ultima quarta feira QUARTA FEIRA DE CINZAS e terminará com a ressurreição de Cristo no Domingo de Páscoa
Estarei atento ao que sobre esta tradição s realizar no Algarve e muito particularmente em Faro
Aliás eu próprio guardo ainda muitas recordações destas festividades quando frequentei o Seminário de S. José nesta cidade

E para complementar esta minha postagem sobre a Quaresma, aqui vos deixo a transcrição da Mensagem de Quaresma do Bispo do Algarve D. Manuel Quintas



Meus caros diocesanos,

o tempo litúrgico que estamos a iniciar, proporciona-nos, anualmente, a oportunidade para uma revisão de vida mais profunda em ordem à conversão pessoal e à celebração do mistério central da nossa fé: a morte e a ressurreição de Cristo.

A conversão pessoal será tanto mais autêntica, quanto mais se inspirar na escuta mais prolongada da Palavra de Deus e na resposta aos seus apelos; no encontro pessoal e mais íntimo com Cristo, pela oração; na partilha solidária e fraterna com os mais necessitados.


Continuamos mergulhados numa crise que tarda em passar, se bem que o seu fim tenha sido anunciado por diversas vezes. As suas consequências continuam a fazer-se sentir com o aumento do desemprego, inclusivamente entre nós, e o consequente reflexo no seio de inúmeras famílias.

O fundo diocesano criado com a renúncia quaresmal de 2009, tem sido aplicado integralmente pela Diocese, sobretudo no apoio às famílias atingidas pelo desemprego, com o objectivo de minorar os efeitos desta crise.

Este ano, como já foi divulgado, sensíveis à tragédia do povo do Haiti, a renúncia quaresmal diocesana destinar-se-á a auxiliar as vítimas do terramoto e na reconstrução das estruturas sob a responsabilidade da Igreja local. Estamos certos de que esta decisão, apoiada pelo Conselho Presbiteral, corresponde ao desejo e ao sentir do povo algarvio que, de muitos modos e através de diversas instituições, vem já demonstrando a sua generosidade.

A cerca de três meses da visita do Papa Bento XVI a Portugal e porque queremos, como Igreja diocesana, usufruir da sua presença e da mensagem que nos vai dirigir, para crescermos mais na comunhão com o sucessor de Pedro e com toda a Igreja, proponho e exorto-vos, desde já, a que acolhais e mediteis na sua oportuna mensagem para esta Quaresma, da qual saliento alguns aspectos:

1. O Papa apresenta uma reflexão sobre o “vasto tema da justiça” para afirmar que a necessidade mais profunda do ser humano não lhe pode ser dada pela “justiça distributiva”. Os bens materiais são, naturalmente, úteis e necessários e devemos lutar contra a “indiferença” que continua a condenar “centenas de milhões de seres humanos à morte por falta de alimentos, de água e de medicamentos”. Todavia “aquilo de que o homem precisa não lhe pode ser garantido por lei”. Para viver em plenitude, “precisa de algo mais íntimo que só lhe pode ser concedido gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado à sua imagem e semelhança”. Mais do que pão, o ser humano precisa sobretudo de Deus.

2. Também não podemos cair na ilusão, provocada por um modo ingénuo e míope de pensar, que bastaria remover as causas externas que impedem a actuação da justiça, para acabar com o mal no mundo. “A injustiça, fruto do mal, não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal”, que fragiliza a sua natural “capacidade de entrar em comunhão com o outro” e nele desperta “uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original”.

3. A Quaresma é o tempo propício para libertar o coração. “Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho significa precisamente isto: sair da ilusão da auto-suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade”. Não sendo a fé “um facto natural, cómodo, óbvio” exige-se humildade para aceitar a necessidade “que um Outro me liberte do «meu», para me dar gratuitamente o «seu»”, do qual são expressão e realidade particularmente os “sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Graças à acção de Cristo, podemos entrar na justiça «maior», que é a do amor (cf Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.” É fortalecido por esta experiencia que “o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor”.

Meus caros diocesanos, não deixeis de procurar neste tempo da Quaresma os meios que, talvez, há muito ansiais para uma conversão sincera a Cristo e ao Evangelho, apoiados no amor gratuito e misericordioso de Deus. Só assim é que podereis participar verdadeiramente na Páscoa de Cristo ressuscitado, garantia e fundamento da plenitude da alegria e da esperança.

+ Manuel Quintas, Bispo do Algarve

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Viajens pelo meu País 5

Carnaval de Loulé 2010

Como estava prometido, hoje vou mostrar algo do que tivemos hipótese de ver em Loulé Saimos de Beja seguindo pela IP2 parámos ainda em Castro Verde um pouco antes d e entrarmos na Autoestrada para o Algarve Chegando no Domingo Gordo ou seja domingo de carnaval a Loulé onde já se faziam ouvir os gritos de alegria e a musica que saía dos altifalantes do corso de carnaval que se apresentava na avenida principal de Loulé, avenida Costa Mealha A meio da tarde o corso acabou. O desfile de domingo acabou apenas por durar cerca de uma hora e meia - metade do tempo previsto -, levando algumas pessoas a reclamar junto da organização o dinheiro do bilhete, no valor de dois euros o que por acaso não foi o meu caso. Os festejos carnavalescos continuavam no mercado municipal onde estava a RTP a transmitir em directo. Já não assisti a esta parte: O vento era frio a chuva começava a cair em abundancia. Se eu pudesse, ou melhor se tivesse poderes para modificar o carnaval, passaria a festejar s e em Portugal nos meses de Julho, Agosto ou Setembro, para não termos qeu abandonar a festa a meio por causa do frio e da chuva mas muito particularmente para não termos qeu ver aquelas mocinhas completamente descascadas a tremer de frio e não poderem dar nos a visão d e uma mais bela e completa actuação tanto em terra como em cima dos lindos carros alegóricos. E ontem terça feira aconteceu a mesmissima coisa de domingo Em Moncarapacho onde normalmente se juntam mais de 70 ou 80 mil foliões, este ano se havia 30 mil já era muito E foi assim em quase todo o País Embora de má qualidade aqui vos deixo um video que consegui mesmo com o mau tempo que se fazia sentir

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Viagens pelo meu País 4




Duas imagens da linda Vila da Vidigueira sendo uma da Praça da Republica e a outra da Praça Vasco da Gama

Imagem de Portel com uma linda vista para o seru altaneiro castelo
Dizia Jorge Pulido Valente na Rádio Pax:
Nós não vamos a lado nenhum se não tivermos uma capital regional, como Beja, forte, dinâmica, empreendedora, aberta e congregadora
Pois é verdade Partimos d e Évora em direção a Beja no entanto até cá chegar, parámos em Portel, Lugar marcado por uma paisagem dominada pela serra, Portel assume-se hoje como a “Capital do Montado” e a porta de acesso a Alqueva, e asim é fomos á barragem do Alqueva,
Obra grandiosa localizada no coração do Alentejo, a Barragem de Alqueva, insere-se na bacia hidrográfica do Rio Guadiana e desde 2002 tem estado a encher. e será porventura hoje o maior lago artificial da Europa. Com uma paisagem dominada pelo Montado de sobro e de azinho. depois parámos na Vidigueira, sede de um município com 314,20 km² de área ,com pouco mais ou menos 6.000 habitantes subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Portel, a leste por Moura, a sueste por Serpa, a sul por Beja e a oeste por Cuba
Os seus campos verdejantes, e bem cultivados dão nos a sensação de estarmos verdadeiramente nos grandes campos alentejanos com vinhas a perder de vista, odores do campo: Achei a Vidigueira uma Vila bem simpatica
E pronto cá estamos chegadinhos a Beja, Capital do Baixo Alentejo grandes campos plantados de vinhas que lhe dão o cognome de capital do vinho
Conta a lenda que quando Beja era uma pequena localidade de cabanas rodeada de um compacto matagal, uma serpente assassina era o maior problema da população. A solução para este dilema passou por assassinar a serpente, feito alcançado deixando um touro envenenado na floresta onde habitava a serpente. É devido a esta lenda que existe um touro representado no brasão de Beja.
E com isto pouco mais posso acrescentar, a não ser apenas dizer que visito muitas vezes Beja, cidade que me dá prazer rever
Vou deixarvos um leque de fotografias tiradas neste percurso que irão atestar a veracidade das minhas palavras no que concerne á beleza paisagistica


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Viajens pelo meu País 3

Saímos logo pela manhã em direção a Évora, e fizemos uma pausa na povoação de Évoramonte que se desenvolve em torno de um cabeço com 500 m de altitude que corresponde ao extremo poente da Serra de Ossa. Foi no topo dessa elevação que foi construído o castelo, bem visível para quem se aproxima da aldeia e um motivo de interesse imperdível. De planta triangular, o amuralhamento tem diversas portas. A Porta do Freixo, virada a sul é aquela que o viajante vindo de Évora primeiro distingue. A Porta do Sol ou da Vila, está virada na direcção contrária.
Depois do terramoto de 1531, D Jaime, duque de Bragança, mandou reconstruir o castelo e o povoado.
Resultou uma fortificação que reflecte a transição da arquitectura militar medieval para a da renascença, com três andares e planta quadrangular, reforçada em cada vértice por torres cilíndricas adaptadas ao uso da artilharia.


Lá do alto, obtém-se ampla vista sobre as muralhas de Estremoz (para norte) e o imponente volume da Serra de Ossa (a leste e nordeste) . Évoramonte está integrada na Rede Europeia de Aldeias Turísticas Seguindo a nossa viajem chegámos a Évora.

Évora merece uma visita apaixonada e oferece marcas do que foi nascendo ao longo dos séculos: igrejas monumentais, praças históricas, casario branco, ruas medievais… Nos arredores da cidade a natureza abraça trigais e montes, albufeiras e riachos, paisagens solitárias de beleza sem igual… As suas gentes hospitaleiras, o artesanato típico, a rica gastronomia, as tradições, os cheiros e sabores que caracterizam esta bela região esperam por si!

Escrever sobre Évora é facil mas pelo seu passado histórico e pelo seu estatuto de cidade património mundial, seria nescessário muito tempo e muito espaço para poder expor tudo o que esta cidade merece. No entanto quase toda a gente conhece Évora pelo menos em imagens e em noticiários sobre a sua localização o seu património e as suas gentes Deixo vos um pequeno vídeo que compus com as principais imagens recolhidas ao som de uma belissima canção alentejana

Daqui vamos seguir em direção a Beja, contando estar nos dias 14 15 e 16 no Algarve para assistir e partilhar convosco o Carnaval em Loulé Moncarapacho, ou mesmo Vila Real de Santo António

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Viajens pelo meu País 2


Monforte é uma vila do Distrito de Portalegre, região do Alto Alentejo, com aprox. 1 200 habitantes

É sede de um município com 419,65 km² de área e 3 393 habitantes (há pouco mais d e 5 anos) divididos por 4 freguesias. O município é limitado a oeste e norte pelos municípios do Crato e de Portalegre, a leste por Arronches e por Elvas, a sudoeste por Borba e por Estremoz, a oeste por Fronteira e a noroeste por Alter do Chão.


Possui um clima marcadamente mediterrânico, caracterizado por uma estação seca bem acentuada no Verão. Embora com algumas alterações,a precipitação ronda os 500 mm entre os meses de Outubro e Março e os 170 mm no semestre mais seco.
DE Monforte seguimos para Campo Maior uma linda Vila muito conhecida pelas grandes festas das Flores e pelos seus excelentes cafés: Campo Maior é sem duvida a maior area de torrefação d e cafés do Nosso País sendo a familia Nabeiro a que mais se salienta nessa Industria, possuindo varias marcas mas sem duvida a mais conhecida Nacional e Internacionalmente os Cafés Delta
Remonta à origem dos tempos a presença humana no território onde hoje se situa o concelho de Campo Maior.

Diversas evidências comprovam este facto, desde as cerâmicas,existencia de moedas, inscrições, e até mesmo machados em pedra encontrados ao longo dos tempos e que vêm revelar uma existência desde as épocas mais recuadas. Embora pouco se possa dizer mais desses tempos remotos
Deixámos Campo Maior em direção a Elvas aqui mesmo ao lado; fronteira com a vizinha cidade espanhola Badajoz

A Cidade de Elvas é neste momento a terceira maior cidade da região do Alentejo, apenas atrás de Évora e Beja, sendo então a maior cidade do Distrito de Portalegre e da sub-região do Alto Alentejo, com uma estimativa de cerca de 19 800 habitantes e o concelho cerca de 25 300 habitantes


Às portas de Espanha, distando apenas 8km (em linha recta) da cidade de Badajoz, Elvas é a mais importante praça-forte da fronteira portuguesa, e a cidade mais fortificada da Europa, tendo sido por isso cognominada "Rainha da Fronteira".

As Fortificações de Elvas são desde 21 de Maio de 2009, candidatas a Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, sendo estas o maior conjunto de Fortificações Abaluartadas do Mundo. Elvas é também conhecida como "Cidade Monumental" ou "Cidade Museológica
Daqui seguimos pela N4 sempre com a A6 á vista em direção a Estremoz; antes paramos em Borba e demos um saltinho a Vila Viçosa que conheço há muios anos ainda dos meus tempos de Seminário


D. Afonso III outorga foral a Estremoz em 1258.

Neste Castelo foi fundado, provavelmente no séc. XIV por D. Dinis, um Paço Real no qual habitaram Reis e Rainhas, como a Rainha Santa Isabel, D. Afonso IV ou D. Fernando I. A Rainha Santa aqui faleceu em 1336. Também em Estremoz faleceu D. Pedro I, este no Convento dos franciscanos.

Na Revolução de 1383-85 o povo de Estremoz, não querendo ver a então vila nas mãos dos partidários dos castelhanos, tomou-a e entregou-a a Martim Peres, homem de confiança de D. João I.

De Estremoz partiram os homens comandados por Nuno Álvares Pereira para ganharem a batalha dos Atoleiros.
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Daqui partiram também as tropas que na Restauração da Independência (1640-1668) venceram embates tão decisivos como a batalha de Montes Claros e a batalha do Ameixial.

Em 1736 o Paço Real é reconvertido, após vultuosas obras, em Armazém de Guerra, no qual estavam guardadas cerca de 40.000 armas. Este local foi saqueado em 1808 no decurso das invasões francesas.

Em 1834 neste mesmo edifício são mortos 33 presos liberais. Esta tragédia ocorreu durante a guerra entre irmãos que decorreu em Portugal e que só terminou com a Convenção de Evoramonte em 1834.

A 25 de Abril de 1974, durante o golpe de Estado chamado de Revolução dos Cravos, o Regimento de Cavalaria 3 (sediado em Estremoz) participou neste movimento que finalizou com a Ditadura do Estado Novo.