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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SOU BEIRÃO

Ser Beirão é ter nascido entre o granito e acordar vendo o nascer e o pôr do sol por entre as serras cobertas pelo manto verde do pinho bravo ou por aquele manto branco dos nevões fortes que caem nas nossas serras Gardunha e Estrela.
Das encostas da Gardunha onde se situa a minha terra, está sempre a vista o alto da Estrela normalmente coberto pelo manto branco da neve, desde Novembro até Maio.
Depois quando a Primavera chega, todo este Vale é uma explosão da natureza, com todas as suas arvores a desabrochar e a florir Quem não conhece a Gardunha com a verdura dos seus castanheiros, carvalheiros e vimeiros, que formam um micro-clima onde crescem arbustos e ervas unicas no mundo?,
assim como as suas frondosas ceregeiras que quando em flor, são um espectáculo magnificente da natureza, sendo a maior fonte deste fruto no nosso país, e que fazem inveja na Europa, para onde são exportadas muitas delas por serem apreciadas pelo seu sabor especial. A Cereja do Fundão destaca-se pela enorme qualidade,sendo a peça central do Festival da Cereja, o qual decorre todos os anos, em Junho em Alcongosta
Sou Beirão e por tudo onde passei procurei sempre falar da Beira Baixa com muito amor procurando dar relevo a todas as frases sobre os nossos costumes, as nossas gentes a nossa gastronomia e pricipalmente da beleza deste paraiso terrestre no centro de Portugal È ainda aqui que se situam tres das aldeias mais históricas de Portugal cujo património conta com a protecção da União Europeia e Unesco, (Organismo Internacional de Protecção do Património Mundial São elas Monsanto, Idanha a Velha e Castelo Novo, mas outras ha que merecem ser referidas pelos mesmos motivos o caso de Alpedrinha, Janeiro de Cima, Barroca e outras
Apesar de tudo, isto não chegou para prender ás sua terras os milhares de Beirões que tiveram que emigrar, nomeadamente desde a década de 1960 até á de 90, como fizeram meus pais A partir da adesão portuguesa á Comunidade Europea começaram a sentir se efeitos da nossa adesão, travando a pouco e pouco a emigração não só da Beira como de todo o país. Mas ser Beirão é isso mesmo Estando presente ou ausente mantenha sempre viva a vontade de permanecer ou voltar ao nosso rincão, á nossa terra natal Segundo rezam os livros, nós especialmente os Fundanenses já pasámos por diversas fases O Fundão terá tido origem num castro situado no Monte de S.Brás, provavelmente datado do 1º milénio a.C. Os vestígios existentes demonstram que o castro terá sido um povoado importante da região, estando situado num ponto geo-estratégico fundamental para o domínio da Cova da Beira. Com a chegada dos romanos, assiste-se a uma tendência para trazer as populações para a planície e é nesta altura que o castro terá começado a entrar em declínio. Em 23 de Dezembro de 1746, é assinado pela Rainha D.Maria I o alvará que cria o concelho do Fundão. O povoamento terá então evoluído em torno desta villa até à Idade Média, altura em que terá sido reaproveitada para construção de uma casa senhorial fortificada. Por ordem do Marquês de Pombal, é criada a Real Fábrica de Lanifícios e para isso construído o edifício que actualmente alberga a Câmara Municipal. As primeiras referências ao nome de Fundão surgem em documentos de 1307, depois nas Inquirições Dionisinas de 9 de Agosto de 1314.

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